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Talvez devesse pô-lo a ladrar
como um cão.
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Acabe com isto, ou mato-o.
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Nino, baiXe agora o seu braço.
Ponha-o em baiXo.
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O avião está a levantar voo.
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Está nervoso, como é habitual
quando levanta voo.
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Desta vez, o avião nunca foi
tão suave a levantar voo.
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Nem o sentiu a deiXar o chão.
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Está no céu e a viagem é calma.
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lsto é óptimo.
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Mas o que está ali à frente?
Parece uma tempestade.
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É uma tempestade e o piloto
está a tentar evitá-la.
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Estamos dentro dela. Estamos
mesmo no meio da tempestade.
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Sente a turbulência.
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O avião está a abanar.
Está a oscilar.
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Tanta turbulência.
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Como pode este pequeno
objecto de metal
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manter-se neste céu
de vasta destruição?
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Está a ficar assustado. A hospe-
deira desmaiou nos seus joelhos.
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O avião desce 300 metros. Sente
uma impressão no estômago.
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Ouve o comandante pelo
intercomunicador.
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''Atenção, fala o vosso
comandante.''
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''Que Deus nos ajude!''
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''Vamos despenhar-nos!''
:38:27
''Meu Deus!''
:38:35
E você tem razão, Nino.
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Os últimos momentos
da sua vida.
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Você está lá.
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Mas você não pensa em morrer.
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Pensa nos seus entes queridos,
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na sua família
e nos seus amigos
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e em todos os momentos especiais
que partilhou com essas pessoas.