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É.. é díficil falar disso.
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Eu tenho um amigo, músico de jazz,
toca trompete.
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Realmente espantoso.
Vou ouvi-lo tocar todos os meses,
mais ou menos.
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Ele toca uma música que eu adoro:
uma canção antiga do Chet Baker.
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E toca as mesmas notas todas as vezes,
mas todas as vezes soa diferente.
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E uma noite fomos beber uns copos..
quando eu ainda bebia..
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e tentei dizer-lhe o que aquela
canção me fazia sentir...
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como a sua maneira de tocar, me fazia sentir,
como a música... me fazia sentir.
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E ele abanava
a cabeça e disse...
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"Joan, não se pode falar de música.
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Falar de música é como
dançar sobre arquitectura."
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Eu disse, "Bem, está bem, óptimo.
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Filosofar comigo, é tão inútil como
falar de uma série de coisas.
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Amor, por exemplo."
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E o meu amigo riu,
e disse...
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"Sem dúvida. Sem dúvida.
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Falar sobre o amor é como
dançar sobre a arquitetura."
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Mas, não sei.
Talvez ele tenha razão.
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Mas não me vai
impedir de tentar.
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Gostava que fizesses
isso mais vezes: sorrir.
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Também eu.
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Então, deixa-me adivinhar. Tu e a Mulher
Maravilha estiveram juntos um ano?
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Um ano e meio.
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E eras fiel?
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Completamente.
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E partilhaste tudo.
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Nós...nós partilhámos tudo.
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Isso deve ser agradável.
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Era...
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mas...
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para além de partilhar
todas essas coisas...
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também a partilhava...
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com várias outras pessoas.
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Detesto dizer isto...