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Há algo que não compreendo.
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Vi o artigo do Dr. Aaron e liguei-lhe.
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Ele aceitou ver o Virgil.
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Na verdade, até está ansioso.
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Mas quando disse ao Virgil,
ele agiu como se eu...
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O que é que não percebe?
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Se eu tivesse passado a maior parte da
vida cega, e me dissessem que havia
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hipótese de eu reaver a visão,
ficaria entusiasmadíssima.
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Se se tivesse adaptado a algo, seria
capaz de mudar tudo, independentemente
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das consequências?
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Nós somos felizes aqui, Amy.
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O Virgil tem tudo o que precisa.
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Espere.
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Tudo o que ele precisa?
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Ele precisa de continuar cego,
se houver hipótese de poder ver?
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Se pudesse ajudá-lo dando-lhe
os meus olhos, eu fá-lo-ia.
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Deixei de acreditar em milagres há muito.
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Estou a ver a sua posição.
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Você está, mas o Virgil não.
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Por que não aceita isso?
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Nos primeiros oito anos da vida,
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os olhos dele foram examinados,
espicaçados
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e perfurados por médicos,
curandeiros e feiticeiros.
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O meu pai tinha uma fila deles à porta.
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Desiludiu-nos a todos
e quase que acabou com ele.
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Ele não precisa disso outra vez.
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Talvez agora compreenda.
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Não, não!
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Não acredito que estejam a fazer isto!
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Eu jogava melhor que vocês...
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Que foi, Virgil?
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Amy?
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Viva, Amy.
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É só... um jogo dos Rangers.
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Estão a perder?
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Não.
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Prefiro pensar que não estão a ganhar.
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