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Calado, cuidado com o que dizes,
porco nojento!
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Deuses da montanha,
peço que me dêem ouvidos.
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Nago morreu longe daqui,
e fui eu quem o matou.
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Tinha-se tornado num demónio
e um dia atacou a minha aldeia.
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Se querem provas, vejam o sítio
onde me tocou na mão.
1:07:26
Vim cá pedir ao espírito que
me livrasse da maldição de Nago.
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E ele curou o ferimento da bala,
mas a marca do demónio ficou.
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Que primeiro me dilacerá a alma
e depois matar-me-á.
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Até que enfim um javali
que ouve avoz da razão...
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Espera, Senhor Okkoto,
não o podes comer, por favor!
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És a filha humana da Moro?
Já ouvi falar de ti.
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És cego...
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Afasta-te, não o vou comer.
- Não tenhas medo, San.
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Senhor Okkoto, o que contei
sobre a morte de Nago é averdade.
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Eu acredito e agradeço-te,
jovem.
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Só lamento que tal demónio
tenha surgido da nossa tribo.
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Poderoso Senhor, há alguma forma
de me livrar da maldição de Nago?
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Deixa a floresta,
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ou a próximavez que nos
encontrarmos, terei de te matar.
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Não poderão vencer os homens,
as armas deles destruirão todos.
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Olha a minha tribo, Moro.
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Somos cadavez menos,
e mais estúpidos.
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Em breve não passaremos
de caça indefesa