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E o que foi que encontrou?
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Minha senhora,
o que foi que encontrou?
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Este apartamento.
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Parece um disparate, eu sei.
Mas ele é ímpar.
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Está mobilado
e tem vista para a rua.
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Encontrei-o por acaso.
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Eles há anos que trabalham
para ter o que têm.
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As pessoas são muito invejosas.
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E o que tem isso a ver
com o elevador?
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Querem matá-la porque ela tem
um apartamento melhor.
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Absurdo, não é? Desculpem-me,
mas estou um pouco angustiada.
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Já está?
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Está tudo em ordem.
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Ela vai-se embora.
Faz alguma coisa.
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Talvez queiram um aperitivo.
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- Umas cervejinhas, quem sabe.
- Não, obrigado.
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- Temos de voltar à esquadra.
- Ora, homem.
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Encarna, trazia-nos
umas cervejas?
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- É para já.
- E azeitoninhas.
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- Vamos tomar uma cervejinha.
- Muito agradecidos.
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- Mas estamos de serviço.
- Umas cervejitas nunca fizeram mal.
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- A mim, fazem-me muito bem até.
- Eles não querem nada!
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- Vamos embora.
- Raios a partam!
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Ela vai-se embora, Emilio.
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Julia, uma coisa.
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Estão a chamá-la.
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Deixou a porta aberta.
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O quê?
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Esqueceu-se de fechar a porta.
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Venha, suba.
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Puxem-na que ela fecha.
Adeus.