:52:03
A pessoa que te indicaram,
aquele que vieste procurar.
:52:07
Ouca.
Não tenho nada para vender.
:52:09
Nem lhe pedi favores.
Estamos aqui por delicadeza.
:52:11
Ajudou-nos nos sanitários,
houve um mal entendido,
:52:14
mas não sei quem é.
:52:17
- E tu, que dizes.
- O meu sócio fala por mim.
:52:20
Que grandes profissionais!
:52:23
Sabem como se passam
estas coisas, cretinos?
:52:26
Se tivesses algo
para me oferecer,
:52:28
batias-me á porta,
como um vendedor de livros.
:52:34
Porém, se fosses esperto,
:52:37
tentavas que eu me interessasse,
:52:40
arranjarias maneira
de eu te procurar e não o contrário.
:52:45
Por exemplo, podias telefonar
a um hipotético comprador
:52:50
e certificares-te de que eu ouvisse,
embora subtilmente.
:52:58
Não devias dizer coisas como:
:52:59
''O quê? Pelas ''Nove Rainhas''?
Estás louco?''
:53:04
Nem devias usar o polícia.
:53:06
''Não me lixes!
:53:08
''Tenho algo para vender,
mas é legal. Juro!''
:53:11
Perceberam? Foi tão ridículo!
:53:20
Não sei do que está a falar.
:53:22
Amigo, pára com isso.
:53:28
Se me abordasses directamente,
talvez não te ouvisse.
:53:33
Não me importo que tenhas
usado este esquema, a sério,
:53:36
desde que o que tenhas seja bom
e me interesse.
:53:39
- Não sei do que fala.
- Chega! A farsa terminou.
:53:43
Estás diante de mim,
e eu estou a ouvir-te.
:53:45
Queres oferecer-me algo?
Se não, vai á merda!
:53:48
O tempo escasseia.
Tenho muita coisa para resolver.