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Desculpem, minhas senhoras,
cumprimentem o meu amigo.
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Aqui vamos nós. Ele vai fugir-nos.
Prego a fundo, Con.
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- Algo está a acontecer, Controlo.
- A quem o dizes ! Assalto na secção dos subsídios.
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- Bolas ! Acabámos de passar por lá.
- O quê ?
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Porra ! O que fazemos agora ?
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- Nunca prometi contar-te uma história.
- Prometeste !
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- Não prometi nada.
- Prometeste pois.
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- O que te disse eu sobre mentir ?
- Que devo mentir a todos, menos a ti e à mãe.
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E a nós.
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Oh sim, e à tia Lisa.
- E a toda a família. Nunca se mente à família.
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- Conta-nos a história das Mansões, pai.
- Sim, pai.
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Conta-nos sobre as Mansões.
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- É justo. Querem ouvir tudo ?
- Do princípio. - Tudo bem.
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Há muitos, muitos anos, antes
de vocês nascerem,
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a vossa mãe, eu e a tia Lisa
éramos muito novos
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Vivíamos todos num sítio
chamado "As Mansões".
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Com as nossas avós, os avôs,
irmãos, irmãs e nossos pais.
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Era brilhante ! Era como um
grande Hotel.
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Construído especialmente para
nós e para os nossos amigos.
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E quando eu era novo, costumava
achar que Deus sorria para nós,
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que punha um brilho especial à nossa volta,
para fazermos o que nos apetecesse,
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sem ninguém se meter,
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e que isso nunca mudaria.
- Conta-nos dos beleguins, pai.
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Está bem, filho.
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- Sabem o que são beleguins ?
- São como deuses, mas piores.