Ordinary Decent Criminal
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:09:02
Desculpem, minhas senhoras,
cumprimentem o meu amigo.

:09:28
Aqui vamos nós. Ele vai fugir-nos.
Prego a fundo, Con.

:09:32
- Algo está a acontecer, Controlo.
- A quem o dizes ! Assalto na secção dos subsídios.

:09:36
- Bolas ! Acabámos de passar por lá.
- O quê ?

:09:40
Porra ! O que fazemos agora ?
:09:48
- Nunca prometi contar-te uma história.
- Prometeste !

:09:50
- Não prometi nada.
- Prometeste pois.

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- O que te disse eu sobre mentir ?
- Que devo mentir a todos, menos a ti e à mãe.

:09:55
E a nós.
:09:58
Oh sim, e à tia Lisa.
- E a toda a família. Nunca se mente à família.

:10:05
- Conta-nos a história das Mansões, pai.
- Sim, pai.

:10:08
Conta-nos sobre as Mansões.
:10:12
- É justo. Querem ouvir tudo ?
- Do princípio. - Tudo bem.

:10:17
Há muitos, muitos anos, antes
de vocês nascerem,

:10:20
a vossa mãe, eu e a tia Lisa
éramos muito novos

:10:22
Vivíamos todos num sítio
chamado "As Mansões".

:10:25
Com as nossas avós, os avôs,
irmãos, irmãs e nossos pais.

:10:29
Era brilhante ! Era como um
grande Hotel.

:10:32
Construído especialmente para
nós e para os nossos amigos.

:10:36
E quando eu era novo, costumava
achar que Deus sorria para nós,

:10:41
que punha um brilho especial à nossa volta,
para fazermos o que nos apetecesse,

:10:44
sem ninguém se meter,
:10:48
e que isso nunca mudaria.
- Conta-nos dos beleguins, pai.

:10:54
Está bem, filho.
:10:56
- Sabem o que são beleguins ?
- São como deuses, mas piores.


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