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Lembra-se deste rapaz?
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Não, de modo algum.
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Agora que fala nisso,
vieram uns cá uns tipos.
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Sole-me o braço
que lhe mostro a conta deles.
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Use o outro braço.
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- Quantos eram?
- Não sei. Alguns.
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Quatro!
Um deles queria comprar drogas.
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Querido, olha. Ligaram
duas vezes para Austin, Texas.
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Devem ter ido para lá.
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- A fumar um cigarro?
- Sim.
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Também não consigo dormir.
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A Viagra deixa-me o coração a bater
que nem um rato de laboratório.
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- Estás bem? Tens um ar estranho.
- Não é nada.
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Diz lá.
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Bem...
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- Quase morri há dois dias.
- Quê?
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O nosso carro explodiu.
Podia estar morto agora.
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E desde que aconteceu,
tenho-me perguntado "porquê"?
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Sabe? Como...
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qual é a minha razão de viver?
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- Não vais passar o charro?
- Charro?
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- Sim, desculpe.
- Obrigado.