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Ele é, sem dúvida, inusitadamente
terra-a-terra para um executivo.
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Tão pouco convencional, aliás,
que a Confeitaria Pôr-do-sol
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atraiu sobremaneira a atenção
do público e da indústria pasteleira.
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Quisemos saber o que pensa
a concorrência,
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por isso fomos falar com Paul Milton
da Confeitaria Americana.
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O essencial é que eles fabricam
um produto excelente.
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Quando se tem o que o público deseja
o resto vem por acréscimo.
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- É o seu gabinete?
- Aqui faço a maior parte do trabalho.
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Foi a Frenchy que o decorou.
Vê-se logo.
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Meteu aqui toda a sua tralha.
Isto é... É uma antiguidade.
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Ela diz que é uma peça Luís...
Não sei, Luís XIV ou Luís XV.
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Não sei até onde é que vão
os Luíses.
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Mas é um dos últimos Luíses.
É um dos...
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A Frenchy enfiou-lhe um televisor
porque... não sei, criatividade...
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- É uma decoradora criativa.
- É muito original.
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- A sua fortuna vai em quanto?
- Em muito. Muito.
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- Quanto? Fica aqui entre nós.
- Muito. Tenho montes de massa.
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Aqui só vê antiguidades. É tudo...
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Esta coisa aqui é do período...
Não me lembro bem.
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Acho que é do Renascimento
ou da Magna Carta... É de lá.
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Por que razão decidiu dedicar-se
à confeitaria tão tarde?
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Descobrimos que a Frenchy tinha jeito
para fazer bolinhos.
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A Frenchy em questão,
o génio culinário
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reinante da Confeitaria é Frances Fox,
esposa do presidente da empresa.
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Toda a vida fez bolinhos e as pessoas
diziam-lhe que eles eram deliciosos.
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Eu pensava que estavam
a dar-me conversa.
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Palavra?
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Quando alguém nos serve algo
que cozinhou
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nós dizemos sempre que está bom,
mesmo que a seguir vomitemos.
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Numa época em que toda a gente
parece ter Relações Públicas
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é difícil imaginar um grupo
de gestores
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mais directos e menos preocupados
com a imagem do que os desta firma.
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Cada pessoa que contactámos parecia
mais excêntrica do que a anterior.