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e a única coisa que sabia
escrever bem era o seu nome.
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Não há dúvida.
O borgonha sobe-me à cabeça.
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Queria falar-me sobre o quê?
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- Tenho um presentinho para si.
- Para mim?
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É lindo! Adoro livros
encadernados a pele.
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Ah, o Pigmalião!
Adoro o enredo, David.
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Está a ver a dedicatória?
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"Para a minha Eliza favorita, do seu
Professor Higgins. Com amor, David."
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- Tenho uma confissão a fazer.
- O quê?
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- Também lhe comprei um presente.
- Para que se foi incomodar?
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É uma prova do meu reconhecimento
por tudo o que tem feito por mim.
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- Eu sei que é um trabalho difícil.
- Oh, meu Deus!
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- Meu Deus, Frenchy, é a...!
- Frances.
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Frances. Isto é...
Deve ter-lhe custado uma fortuna.
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Para que serve ter massa
se não a gastamos?
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Mas isto é uma extravagância.
Estou embaraçado.
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Não quero sugerir que comece
a fumar, mas ocorreu-me
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que se ela servia para o Duque
de Windsor... Certo?
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Sinto-me acabrunhado.
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O meu insignificante Bernard Shaw
não vale nada ao lado disto.
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Mas é que eu só...
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Eu só queria que soubesse
como estou orgulhoso de si.
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- Isto não é insignificante.
- Talvez não seja apropriado dizer...
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... mas a Frances
progrediu tanto e eu...
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O seu lugar já é na alta sociedade
e no mundo da cultura elegante.
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É frustrante porque
devia continuar a evoluir.
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Devia estender-se
a outros domínios, devia viajar.
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Há Paris e Roma e as grandes
óperas e museus reputados.
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E devia estar em posição de cultivar
o tipo certo de amizades.