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Chi Chi Valesquez Potter.
A Chi Chi tem um colar.
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É de esmeraldas com diamantes
à volta. É famosíssimo.
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Deves tê-lo visto nas revistas.
Fotografam-no muito.
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Terá dado na televisão?
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Não sei se deu ou não,
mas saiu nas revistas.
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A venda daquele colar dava-me para
viver descansado até ao resto da vida.
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Olha o que houve quando
fizeste o túnel para o banco.
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Essa é a melhor parte.
Não temos de fazer um túnel.
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Como sabes,
a Frenchy e eu éramos mecenas.
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A Chi Chi convidou-nos para
uma festa daqui a semanas.
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A Frenchy não está cá.
Tu vens comigo e roubamos o colar.
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Eu nunca fanei nada na vida.
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É canja! Eu sei onde fica o cofre.
Há uns tempos que ando a pensar nisto.
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Jantei lá uma vez e a dada altura
levantei-me da mesa. Fui matreiro.
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Fui ao andar de cima e meti o nariz
em todo o lado até encontrar o cofre.
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Memorizei o espaço como numa planta.
Eu sei que podemos ter êxito.
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Não quero ir presa.
Se o colar é assim tão famoso,
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a cidade inteira há-de ser virada
do avesso até o encontrarem.
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Não. É para isso que serve eu ser
particularmente astuto.
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Tenho um contacto
em Chinatown .
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Eu levo-lhe uma fotografia do colar
tirada duma revista.
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Ele faz-me uma réplica. Eu troco-os.
Ela nem chega a saber de nada.
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A Chi Chi é uma VIP palerma
e frívola. E maluca.
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Quando der por que houve uma troca,
daqui a dois anos,
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já eu estarei na Florida
ou nas Ilhas Cayman.