1:28:03
- Que conversa é essa? Vidro?!
- É um colar falso.
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Como, falso?
Como é que tu sabes?
1:28:09
Sei reconhecer pedras falsas.
Esta imitação até é bera.
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Como, o colar é falso?
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Pode enganar um idiota
sem olhos ou sem cérebro,
1:28:18
mas não enganaria
uma pessoa normal.
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Estás a dizer que fiquei com o falso?
Saí de lá com a imitação?
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- É mesmo o teu "modus operandi".
- Estás maluca!
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Eu estava no quarto, a trocar
a imitação pelo colar autêntico.
1:28:34
Aí houve uma confusão.
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Agrada-me ver que preservaste
o teu instinto fabuloso!
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Estás tão enganada.
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Tiveste lições e pensas
que tens bom gosto...
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Julgas que tens classe e bom gosto,
mas não topas nada de jóias.
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Vamos levá-lo ao passador
e embora para a Florida. E o bom!
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Não dá para o metro,
quanto mais para o avião!
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Tens a mania que sabes tudo.
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Não é preciso ser-se um cientista
para topar um colar ranhoso destes!
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- Pagaste de mais por ele.
- Se estiveres errada, faço-te o quê?
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- Torço-te o nariz até ficar roxo?
- À vontade.
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Valha-me Deus.
Partiste-o.
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- É vidro, Ray.
- Eu sei, mas...
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Eu não vou limpar isto, Frenchy!
Partiste o colar. Espalhaste vidro.
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É perigoso!
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Credo! Não sei o que vês em mim.
Sou cá um destes falhados!
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É vidro! Estás a perceber?
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O que importa é que nos temos
um ao outro.
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Não tivemos durante algum tempo.
Fiquei a saber quanto precisava de ti.