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mas talvez, de certa forma,
tenha sido melhor assim.
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Estás atentar sugerir
que isto é algum indício?
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- De certa forma.
- Da experiência que tenho...
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... os indícios são um nadinha
mais subtis.
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Deixe-me ver se entendi.
Aquela papelada que voou ali atrás
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era cópia única?
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- Receio bem que sim.
- E você...
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... diz que se trata de um indício?
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Mas você é doente?!
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Deixa.
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Eu só estou a dizer que às vezes,
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sem ter consciência, uma pessoa
coloca-se numa situação,
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chega a ser ela própria a criá-la,
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por forma ater que lidar
com um assunto por pendente.
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É uma forma dissimulada
de abordar um problema.
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Eu digo-lhe qual é o problema:
você ao volante, isso sim.
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Você tinha ou não tinha uma arma
apontada à cabeça dele?
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- Ele tentava roubar-me o carro.
- Fiz-lhe uma pergunta!
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Tinha ou não tinha uma arma
apontada à cabeça dele?
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Pronto! Pronto!
Já chega! Já chega!
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O que está feito, está feito!
Não quero ouvir falar mais nisso!
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Era sobre o quê, o seu livro?
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Qual era a história?
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Não sei.
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Ele quer dizer é que é difícil
destilar a essência de um livro
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porque ele vive na mente.
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Tem de saber sobre
o que era o livro.
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Se não sabia, para que
o estava a escrever?
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Não conseguia parar.
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Vernon, posso fazer-lhe
uma pergunta?