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- Estiveste lá a noite passada...?
- A trabalhar com um polícia francês.
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- O Richard?
- Conhece-lo?
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Sim... eu também estava lá.
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A ruiva.
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Sim. Não... era uma peruca.
Por isso...
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- Anda!
- Espera aí!
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Há um segundo atrás
estavas morto para te livrares de mim.
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Tu és a minha prova. Vou levar-te
à Embaixada. E contas-lhes tudo.
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Não! Já tenho sarilhos de sobra...
Não vou ser testemunha...
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És a única pessoa que pode salvar-me.
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Não estás a ouvir?
O Richard tem a minha filha!
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Mas não queres saber, pois não? Não te
interessa o que lhe pode acontecer.
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Não sabes o que me vai acontecer.
Claro que não!
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Só pensas no teu trabalho.
E tudo o que te importa,
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porque é tudo o que te resta
nessa miserável vida de chui!
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Deténs o Richard e só abres espaço
para aparecer outro sacana qualquer.
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Outro que esperamos que seja
menos sacana do que o anterior.
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Essa é a realidade.
Talvez não a tua, mas é a minha...
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... todos os dias, 24 horas por dia,
7 dias...
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... e ninguém pode fazer nada
para mudar isso.
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Espera.
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Se eu recuperar a tua filha,
ajudas-me?
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Não, não. Desta vez...
estou mesmo lixada.
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O meu governo proteger-te-á.
Far-te-ão sair daqui em segurança.
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Para onde?
Para a China?
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Quer dizer, gostei do camarão...
mas não, obrigada.
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Ouve.
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Sei que tiveste más experiências
ao confiares nos outros.
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Mas dou-te a minha palavra de honra
que estarás em segurança.
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Sim, Sr. Ministro...
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Estamos a fazer os possíveis,
Sr. Ministro.
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Mas não somos mágicos que tiramos
assassinos como coelhos da cartola.
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Sobretudo um com este tipo de treino.
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Sou só um polícia a cumprir
o seu dever...