:34:00
Prefiro não falar.
:34:03
Desculpa,
sabes que lamento.
:34:06
- Não tenho qualquer desculpa.
- Então por que o fizeste?
:34:13
Estou completamente desatinada.
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Sou um "aparelho" com defeito,
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mas os outros só percebem
quando passam algum tempo comigo.
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Hà dias em que acordo e me sinto
tão completamente... desatinada,
:34:28
que faço tudo
só para me sentir diferente.
:34:30
-Quando estamos juntas, és divertida...
-É fachada.
:34:34
- Toda a gente finge.
- Como eu, não.
:34:40
Todos temos dias maus.
:34:42
É o que as pessoas dizem
quando não lhes ocorre mais nada.
:34:47
Porra!
:34:48
Eu também não sei o que sugerir...
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As pessoas gostam de ti.
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Só quero que me compreendam,
mas ninguém me entende
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e isso torna ainda mais difícil
ouvir estas banalidades.
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As pessoas querem ajudar-te.
Eu também, mas não sei como.
:35:06
De momento,
dispenso os lugares-comuns.
:35:11
Està bem.
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Caramba, ouçam-me só!
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Só vejo o lado negro das coisas.
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Coitada da Ruby.
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Destruo-lhe a alegria.
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Olhem para a carinha dela,
triste e desencorajada.
:35:26
Não sei o que dizer.
:35:30
Que tal.: "Merda!
Chamem um psiquiatra!"
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Esta é aquela parte à Freud
em que nenhuma de nós diz nada
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e de repente diz: "obviamente,
queres dormir com o teu pai".
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Devo então presumir
que não queres dormir com ele?