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Tirou o arquivo
do meu gabinete?
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Sai e volta a entrar
como um ser humano normal?
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Tirou-o?
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Ou ao menos como um orangotango;
já eram melhoras.
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Volte a pô-lo lá,
imediatamente.
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Sabia da mudança...
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Pegue no arquivo e volte
a pô-lo no meu gabinete, já!
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Teve tempo para mudá-lo você.
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Se fosse homem,
partia-lhe os dentes.
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Se eu fosse homem, escondia-se
debaixo da secretária.
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Dei-lhe uma ordem.
- Uma ordem?
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Toma-me por uma dactilógrafa
oxigenada com miolos dentro da blusa
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e cujo traseiro belisca?
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Beliscá-lo como,
se nem abraçá-lo conseguia?
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Eu trabalho é para Mr. Magruder,
e estamos a dar uma volta à casa.
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Eu trabalho cá há vinte anos
e você há seis meses,
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interessam-me lá
as suas ideias de...
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Volte a pôr o arquivo
no sítio dele, já!
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- Senão, o quê?
- Senão, o quê?
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Eu ouvi bem, a sua pergunta
foi senão, o quê?
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Disse senão, o quê, a mim?
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Pisa-me mais e passa a cantar
num coro entre os castrati.
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Odiei-a desde que pôs os pés
neste escritório.
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Odeia qualquer mulher
que não seja burra.
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Sou bom juiz de carácter
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e odeio-a tanto como ao chanceler
da Alemanha, o do bigodinho,
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mas por ordem inversa.
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Cuidado ao sair ou a porta
ainda lhe parte a bacia.
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- Mostraste-lhe quem manda?
- Ela ousa falar-me assim?
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Julgar-se-á muito esperta
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porque se formou em Vassar
e eu, numa escola de condução?
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Saberá quantos casos resolvi?
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Nunca confies numa mulher
que assobia para chamar o táxi.
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Miss Fitzgerald...?
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É o almoço de miss Fitzgerald?
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- Desculpe o atraso...
- Deixa lá, toma para ti.