:53:03
- Olha, olha...
- Posso entrar?
:53:08
Claro, perdoe o choque...
E a desarrumação.
:53:13
Se soubesse que vinha tinha
mandado a criada limpar o pó.
:53:16
Está sozinho?
:53:18
É claro...
:53:20
Podia ter ligado, mas achei
mais seguro falar pessoalmente.
:53:24
- Mais seguro?
- Não me posso demorar.
:53:27
- O Magruder espera-a em Paris?
- Isso não é consigo.
:53:31
Obrigado por me defender hoje,
foi simpático da sua parte.
:53:35
É disso que quero falar.
:53:37
Os Coopersmith falaram hoje
com a Laura Kensington
:53:41
e ela disse ter estado cá
na noite de anteontem
:53:44
e que você recebeu uma chamada,
ficou muito esquisito
:53:48
e a pôs na rua
por ter outra coisa que fazer.
:53:51
- Ela está a mentir.
- Por que mentiria?
:53:55
Use a cabeça; vê-me a expulsar
a Laura Kensington da minha cama?
:54:00
- Nem querendo-me o Presidente...
- Por que mente?
:54:03
E por que veio cá
com essa história maluca?
:54:06
Porque devia ter falado hoje.
:54:08
- Lá por ser um errático...
- Réptil.
:54:11
...isso não faz de si um ladrão.
- Como tem a certeza?
:54:15
É ousado de mais para si,
demasiado romântico,
:54:18
requer faro, imaginação...
Diz-me a intuição que não foi você.
:54:23
Você tem intuições?
:54:24
Tenho; em geral não confio nelas
mas este caso é diferente;
:54:29
você é bom em coisas sujas
como a espiolhar e espiar
:54:34
... mas para ladrão não serve.
- Atraem-na homens criminosos?
:54:38
Não falamos de mim mas do
que disse a Laura Kensington.
:54:43
A Laura Kensington
esteve lá aqui, ela...
:54:46
Não esteve cá.
:54:49
Diz que deixou cá uma meia.
:54:52
Essa pode ser de outra qualquer,
:54:54
passam por cá montes de mulheres,
actividade nesta casa não falta.
:54:59
Calculo que seja pouco exigente.