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Pois, lúcido.
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Tentaste engolir a chave do cacifo
onde estavam as jóias roubadas...
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- Há testemunhas?
- Há, eu!
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E preferes a tua palavra
à minha?
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- Leva-o para o tribunal.
- Trata de arranjar advogado...
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Que choque,
era o meu melhor funcionário.
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Sabe há quanto tempo o conheço?
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Desculpa o mau-jeito, C.W.,
e não te faças sumido.
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Olha, olha, se não é
o palavroso sr. Investigador
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que foi apanhado
com a mão na massa...
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Pu-la mesmo fora da cama?
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Porquê, pensa invocar
insanidade mental?
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Preciso de ajuda
e você vai ajudar-me.
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Ai vou?
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E acha isso porquê?
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Por ser o tipo de coisas
porque é louca:
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um delinquente suspeito,
uma ousada fuga à luz do dia...
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É o género de coisa que adora.
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Veja na gaveta de cima,
foi de onde tiraram as algemas;
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deve haver uma chave.
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- Estou nervosa...
- Procure a chave, depressa!
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Despache-se ou metem-me dentro
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e passo o resto da vida
a tomar duche com homens.
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Desculpe, não pode estar aqui.
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Importa-se de vir comigo?
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Venha ou também fica cá presa.
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Pena as coisas
não terem resultado...
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Prendia-me mesmo?
- Que é que tem?