Vidocq
anterior.
apresentar.
marcadores.
seguinte.

:55:13
Marine Laffitte?
:55:16
É Marine Laffite?
:55:18
O que queres?
:55:20
Não tenho tempo para cumprimentos,
minha senhora.

:55:21
Sou jornalista. Investigo
o assassinato de Vidocq.

:55:24
Vidocq foi morto.
:55:29
Por que se ri?
:55:31
Porque a culpa é minha.
:55:33
Sua culpa porquê?
:55:35
Não compreendes?
:55:37
Não compreendes que fui eu que
o atirei para as garras do monstro?

:55:41
Que monstro? Conte-me.
:55:43
Quando é que viu Vidocq?
- Há dois dias.

:55:47
Na minha saleta particular.
:55:49
Conte-me.
:55:51
Também queres morrer?
:55:52
Quero chegar até á sua morte.
:55:56
Primeiro a minha dose.
:55:59
Quem manda aqui?
:56:03
Eles já vêm.
:56:05
Conte-me.
:56:09
Tudo começou com Ernest.
Com a sua loucura.

:56:13
Com a loucura do homem que se
amava a si próprio.

:56:15
Que não queria envelhecer.
:56:17
É uma maneira de apresentar
as coisas.

:56:19
O seu marido não era apenas
um dândi. Era um pervertido.

:56:22
Fazia tráfico de virgens.
:56:23
Cala-te. Não sabes nada.
:56:26
O Ernest cultivava a sua aparência
como uma obra de arte.

:56:29
Considerava-se ele próprio
uma obra de arte.

:56:33
Mas a idade já começava
a destrui-lo.

:56:36
Só falava disso.
:56:38
Não estava mais comigo,
não me tocava.

:56:40
Só contavam as suas rugas,
a sua pele flácida,

:56:43
todos esses sinais
que o devastavam.

:56:46
E todas as noites,
ia ter com os outros.

:56:48
Belmont e Veraldi?
:56:51
Uma noite, segui-os.

anterior.
seguinte.