:25:14
Hei-de apanhar-vos, cabrões.
Nem que seja a última coisa que faça.
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Ah! Vão-me pagar pelo que me fizeram.
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Por cada segundo
que eu passe neste buraco
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hei-de ver-vos passar
um ano num inferno vivo!
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Hão-de implorar-me
que vos deixe morrer.
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Não, não.
Não tão depressa.
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Quero que sofram,
cambada de paneleiros.
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Eu trato-vos do cu,
estejam descansados.
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Talvez uma agulha comprida nos ouvidos...
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Um charuto em brasa nos olhos...
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Nada de muito sofisticado.
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Um bocado de chumbo
derretido pelo rabo acima.
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Ah!
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Melhor ainda...
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Aquele velho truque dos apaches.
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Cortar-vos as pálpebras.
Isso!
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Vou ficar a ouvir-vos gritar, coirões.
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Uma doce melodia
para os meus ouvidos.
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É claro!
Vamos fazê-lo no hospital.
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Com médicos e enfermeiras, para que
não se apaguem demasiado depressa.
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E sabem qual vai ser a melhor parte?
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Quando vocês, minhas bichas,
com as pálpebras cortadas
:26:25
mo virem a fazê-lo.
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Vão ver-me a aproximar o charuto,
cada vez mais...
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dos vossos olhos arregalados...
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até se passarem completamente.
:26:41
Mas não tão depressa...
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Quero que dure muito,
muito tempo.
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Quero que saibam que sou eu,
:26:52
sou eu que vos estou a fazê-lo.
:26:54
Eu!
:26:55
Aquele psiquiatra maricas?
:26:58
Santíssima ignorância!