:47:00
Podes voltar em qualquer altura.
Amanhã, depois.
:47:08
Talvez eu te leve para cima nesse dia.
:47:12
Onde é que vais? O que vais fazer?
:47:31
Júpiter, uma rapariga ali fora diz que é tua filha.
Insiste em ver-te
:47:41
Ela não pode ser minha filha.
Não tenho tido sexo desde 1995.
:47:45
Pelo menos não neste país.
:47:48
Ela não. Eu.
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Eu sou tua filha.
:47:57
-Em que ano nasceste?
-És o meu pai, Júpiter.
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Eu escrevi-te umas vinte vezes.
Mas nem quando a mãe morreu tu me respondeste.
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-Eu não tinha dinheiro suficiente para enterrá-la.
-Não me culpes. Eu não a matei.
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Não. Tu ajudaste.
:48:13
Que coisa estúpida para dizeres.
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O quê que queres? Dinheiro?
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Quero que a Gracie conheça o avô.
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Olá.
:48:31
E, sim, precisamos dinheiro para sobreviver.
:48:35
Ouve, querida
:48:36
de 1968 a 1972 eu tive cinco filhos. Talvez mais.
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Metade das pessoas naquela sala podiam ser
meus filhos. É uma anedota corrente aqui.
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Como é que te vais sentir quando acordares
um dia e descobrires que a tua filha está morta?
:48:50
E que não fizeste nada para a ajudar?
:48:55
És boa? A miúda dá um toque doce também.
:48:58
Mas não és a primeira a pensar nesse
número desde aquele artigo da Fortune.