:57:00
Negro, tens dinheiro nesse maldito bolso?
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Eu trato do quarteirão.
É o meu quarteirão.
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Não.
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Não podes fazer isso,
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porque se fores preso,
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estás a lixar todo o meu negócio.
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Percebes isso?
E eu não quero isso?
:57:12
É melhor fazeres isto da maneira
como eu te estou a dizer,
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ou então podes sair.
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Meu, ele que se lixe.
Nós não queremos saber de qualquer maneira.
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Mas, quem é este caralho
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de preto? Cocas o sapo, B.?
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Co, co, co, co, co.
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- Dou-te uma tareia, B.
- Espera, espera, Rico.
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Quem é este maldito negro?
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Co, aguenta o carago de
um segundo, meu.
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Eu disse que trato disto aqui, meu.
Obrigado.
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Sabes que mais, A.?
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A gente vê-se por aí,
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Estás a fazer a tua cena com o
teu homem, e isso é porreiro.
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Ele é um gajo divertido e tudo.
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Por isso, eu vou embora,
está bem?
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Mas vejo-te mais tarde.
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Desaparece daqui, meu.
Cabrão.
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Meu, continuo a dizer-te
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sempre as mesmas merdas, meu.
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Estás sempre a dizer-me, meu?
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De que merda te serve o facto de
teres soldados se não os podes utilizar?
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É por isso que sou o Rico.
É por isso que faço o que faço, meu.
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O que se passa, querido?
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Nada.
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Então, quando é que vamos ter
este miúdo?
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Quando começares a passar
mais tempo comigo.
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Agora estás a pressionar-me?
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Anda lá, querido.
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É só que...
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...esta é a última vez que vamos
estar sozinhos,
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e tu estás apenas de visita.
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Eu disse que ia lá estar?
:58:35
Sim.
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Está bem.
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Vai ficar tudo bem, querido.
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Vai ser uma vida boa e aborrecida.