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Desço chaminés com troncos a arder
e mesmo assim entrego as prendas.
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Não estou com medo.
Não é isso.
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Se estás a tentar afastar-me,
está a resultar.
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Carol, mão me mandes embora.
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Por favor.
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- Como é que a pudeste escolher?
- Eu não a escolhi.
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Tu já não te preocupas.
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Eu preocupo-me mais contido
do que qualquer outra pessoa.
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Mas é uma rua com dois sentidos.
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- Não confias em mim.
- Queres? Aqui está.
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- O quê? Fala comigo.
- Eu não vivo uma vida normal.
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- Tu tens uma óptima vida aqui.
- Ouve-me apenas!
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Os meus amigos dizem:
"O meu pai é canalizador".
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"O meu pai é piloto." "O meu pai
é dentista." E sabes que mais?
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O meu pai é a melhor coisa de todas
e eu não posso dizer a ninguém.
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Não tens ideia de como é difícil
andar por aí com este segredo.
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E agora andas a sair
com o Director Newman.
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E nem me dizes nada.
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Toda a minha vida tornou-se um
monte de segredos, e eu odeio isso!
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Desculpa.
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Esquece a Directora Newman, está bem?
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E esquece o Pai Natal.
Estou acabado.
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O meu tempo acabou.
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Mas quem é que ainda se preocupa?
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- Olá, Charlie.
- Olá, Lucy.
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- O que estás a fazer?
- A trabalhar com a pá.
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Oh.
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Charlie, o tio Scott
é o Pai Natal?
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Não. Porque é que dizes isso?
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Não sei.