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Lamento imenso, Ann.
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Não sei porque te contei esta história.
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Obrigada pelo café.
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Sabes que mais? É melhor ir embora.
Não, desculpa.
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Queres vir cá jantar para a semana?
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- Tens a certeza?
- Sim, adoraria que viesses.
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Sei que as miúdas também gostariam,
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porque tens que lhes contar
o fim daquela história da sereia.
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Elas adoram essa história.
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Adoraria, Ann.
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E sabes, essa história é feliz.
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Muitíssimo obrigada.
Adoraria.
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Lê-me qualquer coisa.
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Lê-me algo que estejas a ler agora.
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De momento estou a ler
um livro muito triste.
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Lindo, mas triste.
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Não pode ser tão triste
como a história que ouvi hoje.
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Conta-me.
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Não posso.
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Isso vai-me pôr demasiado triste.
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Não mo queres contar
porque é uma parte da tua vida,
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e tu não queres que eu saiba nada
sobre a tua vida.
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Eu gosto que não me perguntes nada
sobre a minha vida.
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Eu não te pergunto nada
porque aprendi a não o fazer.
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Quando olhas para alguém,
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podes ver
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cinquenta por cento
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do que essa pessoa é.
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E querer saber o resto,
é o que destrói tudo.
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Foi o que aprendi.
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Quem levou a tua mobília
ensinou-te uma lição, não foi?
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Sim, foi tudo o que ela me deixou.
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- Queres mesmo que te leia algo?
- Sim, por favor.
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Lê-me qualquer coisa.
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Está bem.
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Escolhe.