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E quando o bravo Cassandro
dividir o flanco esquerdo deles,
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um buraco abrir-se-á
e eu e a minha cavalaria,
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com o nosso venerado Cleitos,
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Ptolomeu e Hefaisto,
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penetraremos essa falha
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e desferiremos o golpe de
misericórdia à cabeça de Dario.
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Amanhã teremos de,
com sorte e a ajuda dos deuses,
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destruir o exército deles,
ou durante o trajecto para casa
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seremos acossados e derrotados
pelas diferentes tribos!
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Falas de casa,
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de retirada...
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Porque não percebes, Parménio,
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que Babilónia é
a minha nova casa.
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Se temos de lutar,
façamo-lo dissimuladamente.
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Usa bem as tuas tropas, ataca
hoje quando menos nos esperam.
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Não atravessei a Ásia para obter
uma vitória com truques.
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Pois, és nobre de mais para tal,
sem dúvida influenciado
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por dormires com os "Contos
de Tróia" debaixo do travesseiro.
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Mas o teu pai não era
apreciador de Homero.
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As terras a Oeste do Eufrates?
A mão da filha dele em casamento?
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Que grego recebeu tais honras?
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Não se trata de honras
mas de subornos, Parménio.
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Que os gregos já aceitam
há demasiado tempo.
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Esqueces que quem matou o meu
Pai está do outro lado do vale?
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Não sabes ao certo se houve ouro
persa por detrás do assassinato...
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- Não interessa!
- Sabes não ser verdade.
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O teu pai ensinou-te a nunca
cederes a razão à paixão.
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E hoje advirto-te eu,
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reagrupa, recua até à costa,
reúne um exército maior.
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Era o que eu faria,
se me chamasse Parménio.
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Mas chamo-me Alexandre.
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E tal como a Terra não tem dois sóis
não pode a Ásia ter dois reis.
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São estas as minhas condições
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e se Dario não for um cobarde
que se esconde atrás de soldados,