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É o Philippe?
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Philippe, fala Jesse Wallace.
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Ouça, estou num barco,
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e vamos chegar ao Henry Four,
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porto Henry Four.
Sabe onde fica?
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Óptimo. E tem as minhas malas?
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Estaremos lá daqui... sei lá...
é a próxima paragem.
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Tudo bem?
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Notre Dame. Que espectáculo.
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Contaram-me aquela história de quando
os alemães ocupavam Paris
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e tiveram de retirar.
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Colocaram explosivos na Notre Dame
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mas tiveram de deixar um homem
para os detonar.
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E o homem, o soldado,
não foi capaz.
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Ficou intimidado com a beleza
da catedral.
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Quando os Aliados chegaram,
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encontraram os explosivos
e o detonador.
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O mesmo aconteceu no Sacré-Coeur,
na Torre Eiffel
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e noutros sítios.
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Isso é verdade?
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Não sei, mas eu sempre
gostei da história.
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É uma história linda.
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Mas tens de pensar que, um dia,
a Notre Dame deixará de existir.
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Existiu outra igreja ou catedral
no Sena.
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No mesmo sítio?
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Isto é óptimo.
Nunca tinha andado nestes barcos.
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Esqueço-me como Paris é linda.
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É bem bom ser turista...
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Obrigada por me trazeres no barco.
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Acho que o livro que escrevi
foi como criar algo
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para que eu não esquecesse os
pormenores
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do tempo que passámos juntos.
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Como uma lembrança de que
nos encontrámos, no passado,
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de que isso foi real, aconteceu.
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Fico feliz por dizeres isso
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porque eu sinto-me sempre diferente
por nunca esquecer uma relação.