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E se a votação disser
que devo partir,
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então tomarei o atalho pelas
montanhas, enquanto houver luz.
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E as coisas que pedi emprestadas,
se quiserem, que retornem a cada um.
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É obvio!
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Ninguém deve ver-me antes que me vá.
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Martha, se tocares o sino, entenderei.
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Eu não... Como...
Eu vou tocar o sino?
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Só um toque por cada
voto que me permita ficar.
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Eu contarei.
E se não chegar a quinze, irei.
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O Tom está ansioso por falar a favor dela,
mas penso que tem o seu tempo distribuído.
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Conhecemos o seu ponto de vista.
Respeitamo-lo. Deve respeitar agora os nossos.
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A Grace pegou nos seus pertences
por debaixo da secretária
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para vestir as
suas próprias roupas,
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e reparou que alguém tinha estado ali
e tinha deixado um bocado de pão.
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Ao lado, havia uma folha de papel junta.
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Era um mapa que o
Tom tinha desenhado.
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Ele sabia onde ela guardava as
suas coisas e tinha-o colocado ali.
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O mapa indicava o atalho
através da montanha.
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E todos os lugares perigosos estavam
detalhados com pequenos e horríveis desenhos.
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Mas havia mais.
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Muitos tinham tido a mesma ideia.
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Tinham-Lhe deixado presentes
entre as suas coisas.
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O pequeno canivete do Jason estava
ali, polido e brilhante.
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E um bolo da Ma Ginger e da Glória.
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E algumas roupas e fósforos,
e um livro de hinos.
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A Grace abriu-o na página 18,
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onde a Martha tinha sempre
problemas com a posição dos dedos.
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E entre as páginas havia uma nota de um dólar,
que só a Martha não teria recursos para isso.
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A Grace tinha amigos em Dogville.
Isso era certo.