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duas semanas depois do dia em
que a bela fugitiva tinha chegado.
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A Grace estava mesmo atrás do Tom,
vendo-os congregarem-se,
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e sabia que esta podia ser a última vez
que via essas caras, agora tão familiares.
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Tinha, pelo menos, dois deles contra si,
e mesmo um tinha sido demasiado.
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Bem-vindos, amáveis pessoas de Dogville.
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Duas semanas... passaram duas semanas
e é a hora do vosso veredicto.
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É correcto que ela esteja
presente enquanto falamos?
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Bem, Senhora Henson, quando a
Grace veio pela primeira vez,
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não nos tentou ocultar
a sua debilidade.
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Assim, penso que é correcto
que sejamos abertos com ela
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e Lhe possamos dizer de frente
se queremos que ela vá.
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Não, a senhora Henson tem razão.
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Ninguém deve-se sentir impedido de
falar, sinceramente, por cortesia.
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Esperarei na mina.
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E se a votação disser
que devo partir,
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então tomarei o atalho pelas
montanhas, enquanto houver luz.
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E as coisas que pedi emprestadas,
se quiserem, que retornem a cada um.
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É obvio!
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Ninguém deve ver-me antes que me vá.
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Martha, se tocares o sino, entenderei.
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Eu não... Como...
Eu vou tocar o sino?
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Só um toque por cada
voto que me permita ficar.
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Eu contarei.
E se não chegar a quinze, irei.
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O Tom está ansioso por falar a favor dela,
mas penso que tem o seu tempo distribuído.
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Conhecemos o seu ponto de vista.
Respeitamo-lo. Deve respeitar agora os nossos.
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A Grace pegou nos seus pertences
por debaixo da secretária
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para vestir as
suas próprias roupas,
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e reparou que alguém tinha estado ali
e tinha deixado um bocado de pão.