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Uma história acerca de
um pequeno povoado.
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Adivinha onde fui
buscar a inspiração?
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Mas ainda não tenho o nome do povoado.
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- Porque não chamá-lo de "Dogville"?
- Não funcionaria.
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Não, não funcionaria. Deve ser universal.
Sabe, muitos escritores cometem esse erro.
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Ei, quer que lhe leia isso?
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Se houver nele um pouco
de amor, ele vem de si...
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Ofendia-se, se
dissesse que não?
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- Não.
- Se realmente tiver o dia para mim, eu...
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Não. Não...
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Duas pessoas só se magoam uma à outra se
duvidarem do amor que sentem um pelo outro.
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Pode lê-lo noutra altura.
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Sente-se em algum lugar e
contemple as montanhas.
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É o que a rapariga faz na minha novela.
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- Até logo.
- Até logo. Boas notícias!
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Sensatamente, a Grace escolheu
esperar pelo melhor do que temer o pior,
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e planeou passar o dia tranquilamente,
lavando as suas roupas e a ela mesma,
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a qual, por alguma razão,
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tinha a certeza que nenhum dos personagens
do povoado fictício do Tom sonharia fazer.
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E então era como
se Dogville esperasse.
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Até o vento diminuiu, deixando o
povoado numa calma pouco familiar,
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como se alguém tivesse posto
um prato de queijo sobre ele,
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e criava o tipo de tranquilidade que
aparece quando se esperam visitas.
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Depois de dois dias livres, a Grace voltou
ao trabalho, mas a calma permanecia.
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De facto intensificou-se até que no
quinto dia se avolumou um ruído estranho