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Não nos temos visto muito.
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Pois, eu sei. Sabe, estive
ocupado com o meu livro.
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Posso-lhe perguntar uma coisa?
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Sim, qualquer coisa.
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Não se pode persuadi-lo a
desfazer-se disso, pois não?
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O número que ele lhe deu nessa noite.
Não pode desfazer-se dele.
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Eu disse-lhe o quanto esse homem
era perigoso. Isso foi estúpido.
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Estúpido ou não, o Tom
foi o apaixonado porta-voz
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para prender a Grace no
seu abrigo nessa noite.
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Se os veículos eram, de facto, o sinal de que
a chamada que o Tom fez cinco dias antes,
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em nome da comunidade,
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para o número indicado no
cartão na sua gaveta da secretária
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tinha, pelo menos,
conduzido à acção,
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e a Grace seria agora
eliminada das suas vidas,
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também pareceria bem se
o povoado a tivesse presa.
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A Grace estava deitada na cama quando
o Jason foi mandado com a chave.
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A Grace ouviu girar a fechadura,
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mas estava profundamente absorvida
em raciocínios e pensamentos
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sobre as coisas que tinha, aliás,
evitado durante a maioria do ano.
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CAPÍTULO NOVE
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Onde Dogville recebe a tão
esperada visita e o filme termina.
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A partir do momento em que finalmente ouviram
o som dos carros passarem um depois do outro,
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em direcção à margem do bosque,
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as coisas tinham-se movido rapidamente.
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O Tom tinha organizado uma delegação
para providenciar uma recepção apropriada.
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Dogville podia estar fora do caminho conhecido
mas, apesar disso, era hospitaleira.