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e todas estas pessoas nas suas casas?
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A Grace fez uma pausa.
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E enquanto o fazia, as nuvens dispersaram-se
e deixaram aparecer a luz da lua.
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E Dogville expôs-se a outra
pequena mudança de luz.
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Era como se a luz,
antes tão tímida e piedosa,
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finalmente se recusava a cobrir
o povoado por mais tempo.
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De repente, já não podia imaginar uma
baga que aparecesse algum dia na groselha,
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mas só via o espinho que
estava ali agora mesmo.
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A luz mostrava todas as desigualdades
e os defeito das casas... e... das pessoas.
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E, repentinamente, ela soube muito
bem a resposta à sua pergunta:
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se tivesse actuado como eles, não poderia
ter defendido nenhum dos seus actos,
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e nenhuma condenação seria
suficientemente severa.
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Era como se a sua amargura e dor finalmente
assumissem o seu lugar correspondente.
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Não, o que tinham feito
não era suficientemente bom.
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E se as pessoas tivessem o poder para
fazer justiça, tinham o dever de a fazer,
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pelo bem dos outros povoados,
pelo bem da humanidade,
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e não menos, pelo bem do ser
humano que era a Grace mesma.
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Se voltasse e fosse tua filha novamente,