:50:01
Anda lá, campeão. Domina-te.
Diz lá sem medo.
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Juro que não faço nenhuma
piada editorial sobre isso.
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Pelo menos, não à tua frente.
:50:12
- Sete anos.
- Sete anos?
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Desde que a minha mulher morreu, sim.
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Sabes, um olhar chocado e boquiaberto
:50:24
pode ser interpretado por alguns
como uma piada editorial.
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- Desculpa.
- Ok, está tudo bem.
:50:29
Não, não está.
Quer dizer, não está mesmo nada bem.
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Com todo o respeito pela tua mulher,
mas tens de voltar a montar, meu.
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- Não, por acaso não preciso.
- Precisas sim.
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- Não, não preciso.
- Sim, tu... levanta-te.
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- Já terminámos?
- Com isto sim, por agora. Mas anda comigo.
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O senhor tenha piedade!
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- Onde vamos?
- Para tua casa.
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Nós vamos ter sexo.
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- O que foi? Esqueceste-te de alguma coisa?
- Não, olha, eu agradeço a oferta.
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Fico muito lisonjeado.
Mas não posso fazer isto.
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O que é que se passa?
Não me achas bonita?
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- Claro que te acho bonita.
- Então?
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Olha eu não sou celibatário
só por causa da minha filha.
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Existem muitos factores emocionais nisto.
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Quer dizer, a minha mulher pode estar morta,
mas ainda continuo muito apaixonado.
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Eu respeito isso. Não estou a dizer
para te apaixonares por mim,
:51:23
e não estou a tentar
substituir a tua mulher.
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Estou a falar de dois adultos
a ter um pouco de sexo ocasional.
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Provavelmente, um sexo ocasional muito
curto, já que estás sem prática.
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- Não consigo. Desculpa.
- És o quê? Um monge?
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Vamos olhar para isto logicamente, está bem?
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- Tu alugas pornografia e masturbas-te, certo?
- Podias falar mais baixo?
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Se não estás preocupado com o que a tua
mulher ia pensar sobre a pornografia,
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então não deverias estar preocupado com o
que te estou a propor. É a mesma coisa.
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É só outra pessoa que te está a tocar.
E poupas 2 dólares de aluguer.
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Anda lá, garanhão.
O homem não pode viver só de pornografia.