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A vingança pode ser reprovável
mas é naturalíssima.
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Senti que a compreendia.
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É uma personagem muito moderna,
muito feminista.
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Era a altura perfeita
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para explorar a Becky Sharp
enquanto personagem.
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Fiquei tão entusiasmada
quando a Mira me telefonou
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e me disse que me queria no filme.
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Li "A Feira das Vaidades"
quando tinha 16 anos,
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num colégio interno católico-irlandês
em Simla, no norte da India,
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onde eu estudava.
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A Focus Features estava a desenvolver
"A Feira das Vaidades",
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o que eu desconhecia,
nos últimos 10 anos.
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E ofereceram-me o filme
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sem saberem que "A Feira das
Vaidades" era um livro que eu adorava.
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A Janette Day trouxe-me o argumento
de "A Feira das Vaidades"
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e eu decidi comprá-lo
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porque achei que havia algo
relativamente contemporâneo
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em "A Feira das Vaidades".
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- Que tal estou?
- Muito mais forte;
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eles vão ficar desiludidos.
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Adoro personagens e literatura
que são seguras de si,
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sobretudo personagens femininas
que são seguras de si.
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Para mim, a Becky Sharp
tem algo de fascinante
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porque se reinventava
constantemente.
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A Becky Sharp
é uma mulher extraordinária
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que descobriu uma forma
de se introduzir na sociedade,
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apesar de não ter qualquer estatuto
social, ela não tem dinheiro.
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A única coisa que ela tem
é ela própria, basicamente,
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o seu corpo, a sua aparência,
a sua inteligência.
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Ela chamava a atencão.
Apesar de ser muito mais difícil...
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Acho que talvez seja tão difícil
como hoje em dia
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e essa ideia sempre me agradou.
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Ela é amável e boa.
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Eu também seria boa
com 5 mil libras por ano.