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A Janette Day trouxe-me o argumento
de "A Feira das Vaidades"
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e eu decidi comprá-lo
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porque achei que havia algo
relativamente contemporâneo
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em "A Feira das Vaidades".
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- Que tal estou?
- Muito mais forte;
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eles vão ficar desiludidos.
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Adoro personagens e literatura
que são seguras de si,
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sobretudo personagens femininas
que são seguras de si.
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Para mim, a Becky Sharp
tem algo de fascinante
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porque se reinventava
constantemente.
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A Becky Sharp
é uma mulher extraordinária
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que descobriu uma forma
de se introduzir na sociedade,
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apesar de não ter qualquer estatuto
social, ela não tem dinheiro.
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A única coisa que ela tem
é ela própria, basicamente,
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o seu corpo, a sua aparência,
a sua inteligência.
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Ela chamava a atencão.
Apesar de ser muito mais difícil...
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Acho que talvez seja tão difícil
como hoje em dia
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e essa ideia sempre me agradou.
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Ela é amável e boa.
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Eu também seria boa
com 5 mil libras por ano.
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Ela procurava um lugar na sociedade
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e achava que o dinheiro
era a forma de chegar lá.
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Sempre quis que a Becky fosse sensual.
Isto é, tinha de ser.
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Fiquei muito contente
quando a Reese ficou grávida
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para fazer de Becky
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porque deu-me mais
com que trabalhar.
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A feminilidade e a luminosidade
eram muito importantes para mim.
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Criou um visual diferente,
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o que é bom,
é muito mais adaptado á época.
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Acho que as mulheres tinham um
aspecto diferente na época. Foi bom.
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O mais interessante na Becky
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é que ela tinha a inteligência
adequada para a sua manipulação.
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Conseguiu sempre manter as situações
dentro do seu controlo.
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Dois homens e apenas dois
entrarão num quarto meu;
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o meu marido e o médico.
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- Accão.
- Voltem a passar.
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A visão da Mira deste período
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foi o que me convenceu
a fazer este filme.
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Eu tinha uma nocão bem clara
do que me comovia,