1:07:04
Estou muito cansada. Podemos parar?
1:07:07
Obrigado.
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- Tenho de voltar agora para o Sr. Preysing.
- Tem mesmo?
1:07:20
Sim, negócios. Tenho de ganhar a vida.
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A menina não, Menina Flaemm.
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Sou apenas mais uma escrava
da secretária. Dinheiro.
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- Ainda bem que está aqui.
- Cá estou eu.
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- Gostou da dança?
- Sim, obrigada.
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- Vá-se embora, por favor.
- Onde está o Louisiana Flip?
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- Quer um pouco de conhaque?
- Sim. Queria falar comigo?
1:07:38
Sim. Pode ir, Sr. Kringelein.
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Sr. Preysing, aqui não acato ordens suas.
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Que insolência é esta? Vá-se embora.
1:07:47
Pensa que pode insultar como quiser?
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Acredite, não pode.
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Acha que é superior,
mas é um homem vulgar,
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mesmo que tenha casado rico,
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e pessoas como eu
têm de ser suas escravas,
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por 320 marcos por mês.
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- Vá-se embora. É um chato.
- Não gosta de me ver a divertir-me.
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Quando um homem se mata a trabalhar,
é isso que recebe.
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Não se importa se um homem
consegue viver do ordenado ou não.
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Tem um ordenado de escala muito normal
e o subsídio de baixa.
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Que escala e que subsídio.
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Quando adoeci durante quatro semanas,
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enviou-me uma carta a dizer
que seria despedido...
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se estivesse doente mais tempo.
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Escreveu-me essa carta ou não?
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Não faço ideia das cartas que escrevo.
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Sei que está aqui, no Grand Hotel,
a viver como um lorde.
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Provavelmente fez um desfalque.
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- Um desfalque!
- Sim, um desfalque.
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Vai retirar o que disse!
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Aqui, na presença desta jovem!
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Com quem pensa que está a falar?
Acha que não presto?
1:08:46
Se não presto, presta muito menos...
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o Sr. Magnata da Indústria Preysing!
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- Está despedido. Saia!
- Não lhe pode fazer isso.
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Não o conheço nem sei o que quer.
Nunca o vi antes.
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Eu conheço-o.
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Tratei da sua contabilidade
e sei tudo sobre si.