:34:04
Nao.
:34:08
Estás convencido?
:34:12
Acho que sim.
:34:14
Pois eu nao.
:34:16
Esqueceu as minhas maos. Podia
arrancar-lhe os olhos antes de morrer.
:34:22
Mas nao o fez. O instinto
levou-a a libertar-se do braço.
:34:26
Foi quando perdeu a luta,
como a Mildred.
:34:29
-Pensou bastante no assunto.
-Tenho muita experiìncia nisto.
:34:34
Matei dezenas de pessoas,
em filmes.
:34:39
Nao, nao fui eu.
:34:41
Seria incapaz de atirar
um corpo bonito de um carro.
:34:45
O temperamento artístico
nao o permite.
:34:47
Nao, claro.
:34:49
Os artistas criativos tìm respeito
por cadáveres. Tratamo-los com honra.
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Pomo-los em camas fofas, em tapetes
felpudos e no fundo de escadas...
:34:59
...mas seríamos incapazes de atirá-los
de um carro como beatas.
:35:04
Nao.
Onde fica a etiqueta?
:35:06
E, tendo-vos confundido,
tenho de ir.
:35:09
Nao vá, sao apenas 22h.
:35:11
Já passa da hora de deitar.
E tenho um compromisso.
:35:14
-Posso voltar?
-Sempre.
:35:16
Obrigado.
:35:18
Comunica ao Lochner
a minha teoria do homicídio.
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-Achas que ele vai querer?
-Eu, sim.
:35:24
Diz-lhe que procure um homem como eu
sem o meu temperamento artístico.
:35:29
O que pode ou nao ser falso.
:35:31
Eu acompanho-te.
:35:33
-Da próxima, saltamos o homicídio.
-Conto com isso?
:35:37
Claro, traz uma rapariga.
Dá-nos outra hipótese.
:35:47
-Uma noite e tanto.
-Sim.
:35:51
-Que achas?
-Ainda bem que nao és um génio.
:35:55
-Ele é doentio, Brub.
-Nao, nao é.
:35:57
-Há algo errado nele.
-É mesmo assim. É empolgante.