12 Angry Men
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1:17:07
É sempre difícil ultrapassar os
preconceitos pessoais neste tipo de coisas.

1:17:12
Sempre que nos deparamos com ele
o preconceito obscurece a verdade.

1:17:18
Eu não sei realmente
qual é a verdade.

1:17:20
Suponho que ninguém
pode ter certezas.

1:17:24
Nove de nós acham agora
que o réu é inocente.

1:17:28
Mas estamos apenas no domínio das
probabilidades. Podemos estar errados.

1:17:33
Podemos estar a tentar que um culpado saia
em liberdade. Eu não sei. Ninguém pode saber.

1:17:39
Mas temos uma dúvida legítima.
1:17:41
E isso é muito valorizado
no nosso sistema.

1:17:45
Nenhum júri pode declarar um homem
culpado a não ser que tenha a certeza.

1:17:50
Nós, os nove, não percebemos como é
que vocês, os três, ainda têm tanta certeza.

1:17:56
- Talvez nos possa dizer.
- Vou tentar.

1:17:59
Vocês fizeram excelentes objecções
mas eu ainda acho que o rapaz é culpado.

1:18:03
Tenho dois motivos. Um: o
testemunho da vizinha da frente

1:18:07
que realmente viu o crime
a ser cometido.

1:18:10
Este é o testemunho mais importante.
1:18:13
E dois: o facto de ela
descrever a facada

1:18:15
dizendo que o rapaz levantou
a mão sobre a cabeça

1:18:19
e apunhalou o pai de cima
para baixo.

1:18:21
- Ela viu-o a fazer, da forma errada.
- Está absolutamente certo.

1:18:26
Falemos um pouco dessa mulher.
1:18:28
Ela disse ter ido para a cama
cerca das 7 da tarde.

1:18:31
A cama dela fico junto à janela
e ela podia olhar por ela

1:18:34
e ver directamente para o quarto
do rapaz, do outro lado da rua.

1:18:39
Ela esteve às voltas na
cama por mais de uma hora.

1:18:41
Finalmente, virou-se para a janela
por volta da meia-noite e dez,

1:18:45
e, quando olhou para fora, viu o crime
através das janelas do comboio em movimento.

1:18:50
Ela disse que as luzes se apagaram
após o crime,

1:18:53
mas que viu perfeitamente o rapaz
no acto de apunhalar o pai.

1:18:58
Tanto quanto consigo ver,
isto é um testemunho inabalável.


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