2:04:03
-Isso ê ridículo.
-Acho que ê um tira.
2:04:05
Tira? Se for, o pior a fazer ê
demonstrar que estamos com medo.
2:04:10
Vamos ignorá-lo e ir devagar.
2:04:12
Por favor, diga o que falou pra
ele e o que ele falou pravocê.
2:04:17
-Eu já disse.
-Ele perguntou aonde íamos?
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Só perguntou
se eu tinha um mapa.
2:04:24
-Ele devia perguntar no posto.
-Tambêm acho.
2:04:30
Bem, de qualquer modo,
acho que o despistamos.
2:04:37
-Falei pra ir devagar!
-Deixe-me em paz!
2:04:40
-Não fale comigo assim!
-Acha que eu queria furar o pneu?
2:04:45
-Veja, passou de 999 para mil.
-Ali está.
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-O quê?
-O carro. Não está reconhecendo?
2:04:53
-Não.
-Não olhe. Finja que não vimos.
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-Por que está parando?
-Talvez pra nos ajudar.
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Não pode nos ajudar
parando tão atrás assim.
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E não pode ser a polícia, porque
ia parar do lado e nos multar.
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-Mas a polícia...
-Estou tentando pensar!
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Talvez seja um tipo especial de
polícia, que só segue as pessoas.
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Como a delegacia de costumes.
Pavoroso.
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Fique quieta, precisamos pensar.
O que vamos fazer?
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-Estou quieta o bastante?
-Sem piadinhas, por favor.
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Estou sentindo uma dor forte
no braço. Não sei o que foi.
2:05:40
-Bem, o que vamos fazer agora?
-Vou dizer. Vou sair do carro...
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e ir lá falar com ele cara a cara.
Vou perguntar por que isso.
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-Eu não faria isso.
-Por que não?
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Bem, pode ser perigoso.
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Meu braço está me matando.