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Não assumo o juramento.
Não vos digo por que não o faço.
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-Então, deve ser por traição!
-Pode ser, não "deve ser".
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É um pressuposto justo!
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A lei requer mais que pressupostos,
requer factos.
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Claro, não posso julgar
a vossa posição legal no caso,
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mas até conhecer a base
das vossas objecções...
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só posso adivinhar
a vossa posição espiritual.
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Se desejais adivinhá-la, será irrelevante
adivinhar as minhas objecções.
1:27:27
Tendes então objecções à lei?
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Isso já sabemos.
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Não sabeis, não.
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Podeis supor que tenho objecções,
mas só sabeis que não o jurarei...
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pelo que, legalmente,
não podeis continuar a atacar-me.
1:27:40
Mas tivésseis razão em supor
que não tenho objecções, bem como...
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em supor que as minhas objecções
são traição...
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a lei deixar-vos-ia cortarem-me a cabeça.
1:27:51
Sim.
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Muito bem.
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Tenho tentado explicar isso
a Sua Majestade há algum tempo.
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Que confusão! Não sou um colegial.
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Não sei se o casamento foi legal ou não,
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mas, caramba, olhai para estes nomes.
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Não podeis fazer como eu fiz,
e acompanhar-nos, por camaradagem?
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E quando morrermos e fordes para o céu
por seguirdes a vossa consciência...
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e eu para o inferno por não seguir a minha,
acompanhar-me-eis, por camaradagem?
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Então, aqueles que têm ali o seu nome
estão condenados?
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Não tenho janela para ver
a consciência de outro homem.
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Não condeno ninguém.
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-Então o assunto é questionável?
-Certamente.
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Mas o vosso dever de obediência ao Rei
não é questionável.
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Então, confrontai uma dúvida
com uma certeza e assinai.
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Há quem pense que a Terra é redonda,
há quem pense que é plana.
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É um assunto questionável.
1:28:49
Mas se for plana,
as ordens do Rei tornam-na redonda?
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E se for redonda,
as suas ordens aplanam-na?
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Não, não assinarei.