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-Ordeno-te!
-Está bem.
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Isto é esplêndido.
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-Sei quem embrulhou isto.
-Fui eu.
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Sim.
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Ainda fazes iguarias sublimes.
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Faço?
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Tens um lindo vestido.
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Tem uma cor linda.
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Meu Deus, tens-me em pouco valor.
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Sei que sou tola,
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mas não ao ponto de lamentar
os meus vestidos...
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ou de apreciar elogios às minhas iguarias.
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Basta de raspanetes.
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Não!
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Morro de medo ao pensar no pior
que podem fazer-me.
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Mas pior ainda é sair convosco
sem saber porque saio.
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Não sei.
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Se me disserem que compreendem,
posso preparar uma boa morte.
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-A tua morte não é boa para mim.
-Tens de me dizer que compreendes.
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Não compreendo.
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Isto não tinha de acontecer!
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Se dizes isso, não sei como encarar isto.
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É a verdade!
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-És uma mulher séria.
-Não me serve de nada.
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Digo-te do que tenho medo.
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É de, quando partires, odiar-te por isso.
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Não deves.
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Quanto a compreender,
sei que és o melhor homem que conheci.
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E se partires, sabe Deus porque penso isso,
embora seja minha testemunha...
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Deus manteve um silêncio mortal.
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E se alguém quiser saber a minha opinião
sobre o Rei e o seu Concelho...
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só tem de perguntar!