:11:00
interessada em Mozart,
James Joyce e sodomia."
:11:03
O nosso problema sexual? Sou bastante
normal para um tipo de Brooklyn.
:11:08
Está bem, desculpa. O meu problema
sexual. O meu problema sexual.
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Nunca li. É romance do Henry James?
É a seguir ao "Parafuso sem Fim"?
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É influência da televisão.
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O Marshall McLuhan trata a
questão em termos de alta...
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alta intensidade.
Está a perceber? Um medium quente...
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O que eu dava por um belo peúgo
cheio de estrume.
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Que é que se faz quando se fica entalado
na fila do cinema com um tipo destes?
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Mas não posso dar a minha opinião?
Isto é um pais livre.
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Tem de ser tão alto? Não tem vergonha
de se pôr assim a pontificar?
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E o mais engraçado é que não faz ideia
nenhuma do que diz o McLuhan.
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Ai é? Por acaso até dou uma cadeira em
Columbia sobre "TV, Media e Cultura".
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E acho que as minhas ideias sobre
o sr. McLuhan têm imensa validade.
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Ai, acha? Calha bem,
porque tenho aqui o sr. McLuhan.
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Ora venha cá... Chegue-se aqui.
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Ouvi o que disse.
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Não sabe nada do meu trabalho.
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Considera que toda a
minha falácia está errada.
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É espantoso que o deixem dar
uma cadeira do que quer que seja.
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Se a vida fosse assim!
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A PENA E A PIDEDADE
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14 de Junho de 1940.
O Exército alemão ocupa Paris.
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Por todo o país, as pessoas estão
desesperadas por saber notícias.
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Aqueles tipos da Resistência Francesa
eram mesmo corajosos.
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Obrigados a ouvir o
Maurice Chevalier cantar até fartar.
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Às vezes pergunto-me como é
que reagiria â tortura.
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A Gestapo tirava-te o cartão
de crédito do Bloomingdale"s
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e tu confessavas tudo.
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O filme faz-me sentir culpada.
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É mesmo o que se pretende.
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Alvy...
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Quê? O que é? O que foi?
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Não... Não sei.
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Não é natural. Estamos os dois na mesma
cama. Já passou montes de tempo.
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Tenho de cantar amanhã
e tenho de descansar a voz.