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A merda da verdade é que,
o meu Zippo da sorte vai-me ganhar...
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o carro do Chester.
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O que nos tráz á tua parte
nesta discussão, Ted.
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Eu não tenho parte, senhor.
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É isso. Como o meu velho avô
me customava dizer,
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"Quanto menos um homem
faz declarações afirmativas,
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menos apto é ele para ficar mal no mundo".
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Isso é brilhante, senhor.
Ah, obrigado, obrigado, obrigado.
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Pensa nisto, existem uns obstáculos inerentes a esta missão.
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Á parte do óbvio.
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O primeiro é o facto que eu não sou como o
Peter Lorre naquela série da televisão.
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Eu não sou um tarado de merda a viajar
pelo campo a colher dedos.
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Está bem, tu sabes,
somos todos amigos aqui.
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Ninguém quer que o Norman perca um dedo.
Só o queremos tirar.
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Sabes, se o destino não sorrir ao velho Norman,
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nós pomos o dedo no gelo,
e levamo-lo para o hospital,
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onde com toda a probabilidade
eles poderam po-lo de volta no sítio.
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Bem, espero, senhor.
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Sim, bem, eles pusseram a pissa daquele gajo no sítio.
Eles podem por o mindinho do Norman no sítio.
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Sim, não deve ser assim tão difícil?
Sim, bem visto.
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Então, o Norman está,
ele está bem, sabes.
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Os seus interesses
foram tratados.
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Os meus interesses,
por outro lado, não.
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Eu estou emocionalmente ligado ao meu carro
como o Norman está fisicamente ligado ao seu dedo.
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É uma peça de maquinaria muito cara,
que eu estou a meter nesta aposta.
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E, sabes, se eu perder, perco.
Está bem. Isso não é problema.
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Não tenho problema com isso.
Sou um rapaz crescido.
Sei perfeitamente o que se está a passar.
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Mas se eu ganhar,
eu quero ganhar. Está bem?
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Se o Norman acender o seu isqueiro dez vezes seguidas,
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ele não vai ter problemas emocionais em ficar com as chaves do meu carro.
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Mas se eu ganhar,
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bem, não é inconcebível
que no último minuto...
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talvez nem eu nem o Leo...
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seremos capazes...
de usar o machado.
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- O cutelo, senhor.
- Usar o cutelo.
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O que nos traz a ti, Ted.
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- O Ted com o olho limpo. O Ted sóbrio.