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Hoje enterrámos uma farda...
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Hoje enterrámos uma farda.
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Isso não o incomoda?
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Ele atirou-se da ponte...
- Mas o corpo nunca chegou à água.
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Isso não o incomoda?
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Que é que incomoda,
que eu investigue polícias?
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Um homem que quis ser polícia...
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Eu sou polícia.
- Mas não em Nova Iorque.
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Três inscrições em dez anos,
apelos a testes de audição...
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Talvez seja autoridade,
tal como eu, mas não é polícia.
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Eu vigio polícias, mas
- diga se me engano -
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todos os dias, destas janelas,
você faz o mesmo.
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Também vigia polícias.
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E visto sermos ambos autoridade,
partilhamos um dever.
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Não será assim?
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Quando há escândalo,
cabe-nos investigar.
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Cabe-nos reunir provas, são elas
que nos fazem ver a verdade.
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Isto é produto de acto criminoso
ou não passa duma bosta de merda?""
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O Babitch não morreu nada;
você sabe-o e eu também.
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O Ray levou-o vivo da ponte,
antes que pudesse falar.
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Teve menos sorte da outra vez,
quando houve a bronca do Tunney.
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Da saúde desse, tratou depois...
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Mas que ir o Ray fazer agora?
A grande questão é essa.
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Por você estar por dentro.
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E além do trânsito domingueiro,
de gatos em árvores e merdas dessas,
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por ter pouco que fazer
e com que ocupar o cérebro.
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Mas olhando para si, Xerife,
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vejo um homem à espera
de alguma coisa que fazer.
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E aqui estou eu.
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Aqui estou eu a dizer-lhe que
tenho uma coisa para você fazer.