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que desafiam as regras,
que desobedecem a elas,
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e que fazem a sociedade
funcionar em seu proveito,
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mesmo não tendo necessariamente
as vantagens naturais que o facilitam.
Argumentista
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E há qualquer coisa nisso
de que nós gostamos.
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Claro que o que é especialmente
cativante em "A Feira das Vaidades"
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é o facto de ser uma mulher
a fazer isso.
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Os homens precisam de guerra
como o solo de ser remexido.
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- Eu vou gostar muito.
- Não pensa lá ir no seu estado?
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Claro que sim, por que razão só
os homens se poderão divertir?
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Leonor da Aquitânia não batalhou
grávida, e de seios nus?
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E se alguma mulher viva
a pode imitar, és tu.
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Ela é realmente extraordinária.
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Ela é profissional até á mínima falha,
nem que seja num "T".
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O sotaque dela é imaculado.
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Ela está preparada para todas as cenas
em que entra.
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Ela não tem mãos a medir, neste filme.
Ela entra em quase todas as cenas.
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Ela não pode vacilar.
Ela tem sido magnífica.
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Eu não conhecia a Reese,
e pensava que ela era inglesa.
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Primeiro, vi-a representar. E depois
ela veio ter comigo e começou a falar,
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e ela era americana. Eu pensei,
"Meu Deus, quem é esta mulher? "
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Ela é espantosa! Ela é muito boa.
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Deus Santíssimo!
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Miss Becky, não a merecemos.
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Com a personagem Becky Sharp
de "A Feira das Vaidades",
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o escritor William Thackeray
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inspirou a personagem Scarlett O'Hara,
de Margaret Mitchell,
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de "E Tudo o Vento Levou".
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E nesta versão cinematográfica,
a realizadora Mira Nair
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considerou que os temas da história
ainda hoje são actuais.
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É por essa razão
que estou a fazer o filme.
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Para mim, o ponto crucial
de "A Feira das Vaidades",
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e o essencial de Thackeray,
e, creio eu, a questão central, é:
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"Quem de nós será feliz, e quem de nós
estará contente e satisfeito?
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"Quem de nós sonha com sonhos?
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E quando os alcançamos,
seremos felizes, então? "
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De certa forma, o mundo que ele criou
era uma "cinéma vérité" da época.
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Era totalmente preciso,
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cheio de alusões a coisas que estavam
a acontecer em Inglaterra, na altura.