Vanity Fair
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e ela era americana. Eu pensei,
"Meu Deus, quem é esta mulher? "

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Ela é espantosa! Ela é muito boa.
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Deus Santíssimo!
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Miss Becky, não a merecemos.
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Com a personagem Becky Sharp
de "A Feira das Vaidades",

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o escritor William Thackeray
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inspirou a personagem Scarlett O'Hara,
de Margaret Mitchell,

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de "E Tudo o Vento Levou".
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E nesta versão cinematográfica,
a realizadora Mira Nair

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considerou que os temas da história
ainda hoje são actuais.

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É por essa razão
que estou a fazer o filme.

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Para mim, o ponto crucial
de "A Feira das Vaidades",

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e o essencial de Thackeray,
e, creio eu, a questão central, é:

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"Quem de nós será feliz, e quem de nós
estará contente e satisfeito?

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"Quem de nós sonha com sonhos?
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E quando os alcançamos,
seremos felizes, então? "

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De certa forma, o mundo que ele criou
era uma "cinéma vérité" da época.

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Era totalmente preciso,
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cheio de alusões a coisas que estavam
a acontecer em Inglaterra, na altura.

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Mas o tema é totalmente intemporal.
E totalmente universal.

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A época pode ser outra, as personagens
podem vestir-se de forma diferente,

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mas, no fim de contas,
as fraquezas, os desejos,

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e os anseios dos seres humanos
não mudam.

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E aquilo que Thackeray fazia
brilhantemente era mostrar,

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por vezes de forma crítica,
as pessoas enquanto animais sociais,

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e examinar a sociedade baseada
na riqueza e na falta de riqueza.

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E ainda hoje é assim.
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Vi o seu nome nas listas...
Desejo-lhe sorte.

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Não será fácil.
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São as mulheres quem mantêm
as portas da sociedade fechadas;

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não gostam que estranhos percebam
nada haver atrás delas.

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Irão tratá-la mal
e desconsiderá-la...

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Mas será o que pretende?
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E é.
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A interpretação que Mira
faz do material


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