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pôde inserir a sua visão única
na história de Thackeray,
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introduzindo temas
da sua própria experiência.
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Uma coisa que não quero fazer
com "A Feira das Vaidades"
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é torná-la num drama
sobre uma época majestosa.
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Foi nesta altura
que a sociedade inglesa
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sentiu pela primeira vez o fluxo
de riqueza vindo das colónias.
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E havia uma enorme interaccão
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com a Índia, com a China,
com todos os sítios
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dos quais os ingleses
se haviam tornado colonizadores.
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Por isso, no que toca à arte,
ao guarda-roupa, aos xailes,
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até mesmo aos quadros,
eu quero reflectir essa época.
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Aquele período foi extravagante.
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A Grã-Bretanha estava grandemente
envolvida com a India.
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O comércio entre os dois países
trouxe grande riqueza à Inglaterra.
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E, obviamente, ela desenvolveu
esses elementos e realcou-os
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para dar cor, vida e vibração
ao filme.
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Há um grande grau de irreverência
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e, ao mesmo tempo, de compaixão
com o qual abordo as coisas,
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porque eu não estou aqui
para fazer uma peça de museu.
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Isso não me interessa, a mim,
nem a ninguém.
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Estou aqui para fazer
as personagens cantar e ganhar vida.
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Apesar de a maior parte do filme
ter sido filmada em Inglaterra,
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um dos principais locais de filmagens
foi a própria India,
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tendo os cineastas viajado
para o país natal de Mira,
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para uma das cenas
mais pródigas da história.
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A Índia foi fantástica. Tivemos
de filmar no Rajastão, em Fevereiro.
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O tempo estava muito agradável,
não estava muito quente.
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As zonas rurais são lindas.
É deserto e campo.
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Por isso, as pessoas vestem-se
com roupas muito tradicionais,
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com cores muito garridas.
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Foi uma experiência
muito comovedora para mim.
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E foi giro ver a Mira no seu ambiente,
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dirigindo indianos
na sua língua materna.