Vanity Fair
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do que me fazia chorar
e do que eu queria ver

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em determinadas cenas
que o Thackeray tinha escrito.

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Mas também estava muito interessada
em evocar a sociedade da época,

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em evocar a pobreza,
a classe operária,

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a Londres do início do século XIX,
que era suja e malcheirosa.

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Para que pudéssemos compreender
o meio a que ela pertencia

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e a sua ascensão à alta-sociedade.
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Um passo em falso da parte dela
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e voltaria à sarjeta
de onde tinha vindo.

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Mas, para mim,
era igualmente importante

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manter uma espécie de sentido
da realidade,

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pôr lama nas saias,
sentir a sujidade,

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sentir a chuva na roupa.
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O escritório da Mira Nair
é extraordinário.

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As paredes estão pintadas
com cores fabulosas.

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Ela usa cores constantemente.
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Vive a vida assim, com cores.
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E foi claramente essencial
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para trazer essa vivacidade,
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esse bom gosto e estilo
para o filme.

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Em colaboração com a Beatrix Pasztor,
responsável pelo guarda-roupa.

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Por isso, acontece muitas vezes
no filme, nos filmes normais de época,

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vemos as pessoas vestidas de cinzento
escuro ou culotes pretos.

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A Mira e a Beatrix utilizaram-no
em calcas de veludo.

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E fica extraordinário. É essa a
vivacidade que a Mira dá ao filme.

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E é isso que dá ao filme, em grande
parte, a sua pompa visual.

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A intenção era essa,
ter uma essência muito moderna,

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mas ser fiel ao período,
modificá-lo com gosto,

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porque a Becky Sharp modifica-o.
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Ela era uma pioneira na moda.
Era única no seu estilo.

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Tornava-se sexy a ela própria,
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com cordões, ou peles,
ou um pedaço de tecido coçado,

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em vez de utilizar um diamante.
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Sempre achei interessante, nos filmes
sobre personagens femininas,


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